Pólo: Mauá - Curso: Pedagogia – 6º Período – 1º Semestre
Tema da atividade: Planejamento participativo, construção, acompanhamento e avaliação
Professor temático: Profª Maria Leila Alves - Data: 14/03/2012
AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO E A EDUCAÇÃO: novos desafios para a gestão
O maior desafio da atualidade é a educação ampla e irrestrita, construir um novo principio educativo hoje deve envolver todos os atores no processo; sociedade, , governos e comunidade. O trabalhador ainda é o maior interessado em conquistar uma vida melhor para si e para a sua família. Construir este novo método educativo, deve ser compartilhado com todas as categorias, trabalhadores, intelectuais, empresários e principalmente a escola. O projeto pedagógico da escola precisa priorizar a educação para a vida, formar cidadãos conscientes do seu lugar no mundo. Cada pessoa é muito especial para ajudar a mover este país., mas só a motivação não causará impacto suficiente para haver mudanças.
O trabalho deve ser valorizado, assim como a nova educação, esta não pode ter por objetivo apenas formar trabalhadores, mas pessoas autônomas para criar novas condições para as gerações futuras. A pedagogia do trabalho centrada nas atividades de produção necessita dessa parceria da pedagogia da educação e dos conteúdos produzidos por ela, assim como acontecia nas divisões das tarefas intelectuais das operacionais, dentro das empresas. Os princípios da pedagogia escolar que prioriza os conteúdos fragmentaram o aluno e o conhecimento, separando assim o pensamento da ação, ou a teoria da prática, sendo que toda prática foi fundamentada em uma teoria já testada, e assim foram criadas outras sucessivamente até se encontrar a melhor formar de resolver os problemas do cotidiano.
O ensino padronizado tira essa visão de se encontrar e testar o novo. O principio educativo que determinou a educação escolar para atender as exigências do mercado de trabalho com base taylorista/fordista, deu as nossas escolas tendências pedagógicas conservadoras em todas as modalidades de ensino, embora privilegiassem a racionalidade formal ou a técnica, sempre se fundamentaram na divisão entre a teoria e a prática. Hoje o mercado de trabalho, busca por um profissional completo, criativo e coorporativo que saiba produzir novos conhecimentos e trabalhar em grupo.
A ciência e a tecnologia hoje faz esta triagem dos trabalhadores automaticamente através da sua qualificação, e os produtos devem ser competitivos e de qualidade , assim como o próprio trabalhador, que deve se adaptar ao trabalho de produção flexível , saber se comunicar, ter autonomia intelectual, saber solucionar problemas práticos com o uso das tecnologias e conhecimentos científicos. Ter comportamento ético, moral e de se aperfeiçoar, ser comprometido com os resultados da empresa de forma geral.
Os conteúdos escolares ainda hoje usam métodos de copia de textos e realização de atividades, que para professor e aluno já estabelece relação com o conhecimento. A habilidade está centrada na memorização de conteúdos, com suporte técnico de livros didáticos, para dar maior qualidade ao trabalho escolar. Com este comportamento pré-determinado de aprendizagem, o aluno tem pouco espaço para desenvolver suas próprias ideias e produzir conhecimentos. O Trabalhador precisa articular o mundo do trabalho com o das relações sociais para o exercício da cidadania e o conhecimento com as relações de trabalho para serem educados a partir das novas circunstancias, e possam desempenhar sua função no processo de construção da nova sociedade.
O espaço de aprendizagem, mais do que nunca, passou a ser o piso de fabrica, onde os trabalhadores constroem novas relações sociais. O aprendizado coletivo, em face das situações-problema, com o aporte científico-tecnológico do engenheiro, à luz dos paradigmas da qualidade passa a ser a forma dominante, e se para a fábrica esta é a condição para o aumento de ganhos de produtividade, para a escola esta é, contraditoriamente, a condição para a educação de cidadão/trabalhadores capazes de enfrentar os efeitos perversos da exclusão gerada por esse novo padrão de acumulação.
Com relação ao controle, a pesquisa evidenciou provavelmente ser esta a categoria que passou pelas mais profundas transformações, substituídas por formas internalizadas. Com a implantação dos novos processos de qualidade, a ação desenvolvida pelos inspetores de qualidade foi substituída pela avaliação feita pelo próprio trabalhador, com a expectativa de quem decorrência, este passe, a criar alternativas para reduzir o desperdício de tempo, material e preservar o meio ambiente. As novas formas de organização do trabalhador substituem a tradicional linha onde cada um era responsável pelo seu posto; a produção individual dá lugar à produção coletiva a partir de novas combinações entre trabalho humano e máquinas, mas com isso diminuem os custos e os postos de trabalho.
Bibliografia
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As mudanças ocorridas no “mundo do trabalho” implicam em diversas discussões e reflexões sobre o espaço escolar e principalmente sobre o perfil do educador.
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